De acordo com um novo estudo, os sensores presentes nos smartphones podem ser úteis para monitorar mudanças de humor e diagnosticar problemas, como transtorno bipolar

Foto: Thinkstock/VEJA

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Os smartphones podem ser usados para diagnosticar o transtorno bipolar, por meio do GPS e do registro de chamadas. É o que diz um estudo publicado recentemente no periódico científico Pervasive Computing.

O transtorno bipolar é uma das doenças que podem ser rastreadas. A afecção é caracterizada por oscilações extremas de humor que variam de hiperatividade e euforia até depressão severa e letargia. As pessoas com esse transtorno frequentemente demonstram padrões comportamentais específicos. Por exemplo, a fase “maníaca” é caracterizada por hiperatividade. Já na fase depressiva, o paciente tende a ficar em casa por mais tempo e conversar menos ao telefone.

Diante disso, o pesquisador italiano Venet Osmani, do Centro para Pesquisa e Experimentação em Telecomunicações para Redes de Comunidade (Create-NET), localizado em Trento, na Itália, analisou dados armazenados pelos softwares já presentes nos smartphones, como GPS e registro de chamadas, para verificar se esses dispositivos detectavam surtos precoces da doença.

Os resultados da pesquisa, realizada com 12 pacientes de um hospital psiquiátrico de Tirol, na Áustria, ao longo de quatro meses, mostraram que a análise da quantidade de dados de atividade e da localização dos smartphones foi possível detectar e prever mudanças de humor dos participantes com 94% de precisão. Ao adicionar os dados relacionados às ligações, como frequência e duração, a exatidão da detecção de surtos subiu para 97%.

Fonte: Veja